Seleção do Haiti terá comissão técnica do Viva Rio

Membros da comissão técnica da direita para a esquerda: Francisco Potiguara, Rafael Guiduci, Hebert Soares Bernardino e Rafael Dias

A Academia de Futebol Pérolas Negras vai participar da comissão técnica da seleção haitiana de futebol sub -17. Esta equipe vai estrear durante a fase final das eliminatórias da Copa do Mundo, a ser disputada no Panamá, em abril. O convite foi feito pelo presidente da Federação Haitiana de Futebol (FHF), Yves Jean-Bart. Todo o trabalho realizado pelo Viva Rio será voluntário.

Nesta etapa, 25 jogadores irão compor o quadro que busca uma vaga para o mundial que vai acontecer no segundo semestre, nos Emirados Árabes. O coordenador da Academia, Francisco Potiguara, afirmou que a equipe não terá muito problema para treinar os atletas. “Os jogadores tem boa técnica e sabem conduzir a bola, por isso vamos focar o trabalho na parte tática, no estilo de jogo e na preparação física”, disse o coordenador.

Esta não é a primeira vez que o Viva Rio trabalha em parceria com a Federação Haitiana de Futebol. Em 2011, a seleção feminina e masculina do Haiti passaram uma temporada de aperfeiçoamento no Brasil. Neste período foram feitos amistosos com a Seleção Feminina do Brasil e com a Seleção Masculina Militar.

A academia atende 110 atletas, em cinco categorias, e trabalha com o principio de incentivar e contribuir para a profissionalização do esporte no país e ajudar na estruturação das divisões de base do futebol haitiano.

O complexo de 50 mil metros quadrados dispõe de quatro campos de futebol em tamanho oficial (dois em grama natural e dois em sintética) e capacidade para 96 atletas, que pode morar e estudar no local. A estrutura conta com médicos, nutricionistas, fisioterapeutas, psicólogos e professores.

A Academia Pérolas Negras foi idealizada depois do terremoto de janeiro de 2010, quando o prédio onde funcionava a FHF ruiu, causando a morte de 19 pessoas. Após o tremor, os campos de futebol de Porto Príncipe se transformaram em abrigos para refugiados, prejudicando o treinamento da seleção haitiana. O projeto conta com o apoio da Federação Internacional de Futebol (Fifa).

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